domingo, 27 de maio de 2012

ADOLESCÊNCIA - COCAÍNA

 Olá,

" A cocaína é uma substância extraída da planta da coca (eythroxylon coca), nativa dos Andes. Entre os povos andinos, o hábito de mascar folhas de coca faz parte de uma tradição antiga.

A cocaína apresenta-se sob a forma de um pó branco, muitas vezes misturado com outras substâncias. Pode ser aspirada (via nasal) ou diluída em água e injetada na veia (via intravenosa) popularizada como "pico" e fumada sob a forma de crack ou merla (via pulmonar).



Os efeitos iniciais da cocaína são sensação de euforia, bem-estar, alta produtividade, pois os usuários não sentem sono, fome ou fadiga. Ocorre um prejuízo na capacidade de avaliação e julgamento da realidade. Com o aumento da dose e um uso continuado (consumo crônico), podem ocorrer reações de pânico, sensações de perseguições, alucinações.

Com o comprometimento do SNC, pode haver alterações das percepções das cores, ruptura com a realidade (psicoses) ou manifestações de paranóides agudas. Doses mais altas (no caso de intoxicação aguda) provocam confusão mental, discurso incoerente e comportamentos estranhos.

Podem ocorrer, também, infarto no miocárdio (independente de problemas cardíacos prévios), arritmias, sangramentos cerebrais (diante de más formações vasculares existentes e desconhecidas pelo usuário), bem como convulsões generalizadas que levam à morte por parada respiratória.

As conseqüências dependem da forma de uso:
 
* Com o uso nasal, surgem a perda da sensibilidade olfativa, rinite crônica, sinusite, necrose, perfuração do septo nasal, periodontite com queda dos dentes.

* Com o uso endovenoso, ocorrem dois tipos de complicações: não infecciosas e infecciosas. As não infecciosas são provenientes de impurezas que acompanham o pó da cocaína. Na injeção podem surgir reações alérgicas que vão de uma irritação local até uma flebite. As complicações infecciosas são as causadas pelo uso comum no preparo e aplicação de injeção, com agulhas, seringas, potes e colheres contaminadas. Entre as doenças mais comuns temos: hepatite, doença de Chagas, sífilis, septicemias e AIDS.

* Com o uso pulmonar, através do crack e da merla, aparecem complicações pulmonares graves, ataques cardíacos, derrame cerebral, problemas respiratórios, tosses, expectoração de mucos negros, queima dos lábios, língua e garganta, emagrecimento rápido e desnutrição profunda.

 O Ministério da Saúde (Folha de São Paulo, 22/12/94) conclui que as drogas injetáveis são a principal causa de transmissão de AIDS entre jovens brasileiros. O usuário de drogas serve como pólo contaminador do grupo de heterossexuais jovens através do contato sexual, repercutindo na contaminação da população infantil, através das mães infectadas.

O número de infectados por ano cresceu 18 vezes de 1986 para 1994 entre os jovens de 13 a 19 anos. Quando o vírus da AIDS (HIV) se aloja no organismo, a pessoa pode ou não ficar doente, mas, estando infectado, torna-se transmissora do vírus, seja por via sangüínea ou via sexual.

O aparecimento dos sintomas pode demorar até 15 anos depois da infecção. Geralmente os primeiros sintomas são gânglios aumentados, febres, freqüência de infecções, aumento do fígado e baço, entre outros."

Livro:

A PREVENÇÃO DE DROGAS À LUZ DA CIÊNCIA E DA DOUTRINA ESPÍRITA

REFLEXÕES PARA JOVENS E EDUCADORES

Rosa Maria Silvestre Santos

Pedagoga, psicopedagoga, psicodramatista, consultora de prevenção às drogas, co-dirigente do curso "Escolinha" de Pais.

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