quinta-feira, 31 de maio de 2012

ADOLESCÊNCIA - MACONHA

 Olá,

 A maconha vem da planta "cannabis sativa", cujo princípio ativo responsável pelas alterações das sensações e percepções é o THC (tetrahidrocanabionol).

 A maconha é utilizada normalmente sob a forma de cigarro (baseado), podendo ser fumada em cachimbo.

 Sua fumaça contém elementos cancerígenos semelhantes aos do cigarro e suas folhas contém quantidade maior de benzopireno (predispõe ao câncer pulmonar) do que as folhas do tabaco.
 
Os principais efeitos da maconha são:


 boca seca,
falar demais,
 rir à toa,
 sensação agradável de relaxamento,
diminuição da ansiedade,
 aumento de apetite,
excitabilidade ou depressão,
sensação de euforia,
 perda da coordenação motora,
 alterações na percepção do espaço e da passagem do tempo.

 Geralmente acentua o estado de espírito do momento e funciona como amplificador de sensações internas, uma tristeza pode se transformar numa melancolia profunda ou uma coisa engraçada pode se tornar hilariante.


 Dirigir depois de fumar um "baseado" é tão perigoso quanto dirigir bêbado, pois a maconha reduz o tempo de reação dos reflexos, torna a pessoa distraída, esquecida e dificulta o pensamento e a concentração.

Doses altas dessa substância provocam perturbações da memória e do pensamento, medo generalizado, ansiedade, sensação de estar sendo observado e mal-estar difuso. A pessoa tem a sensação de estar enlouquecendo ou que está em desdobramento.

 Sintomas físicos tais como: taquicardia; hiperemia conjuntival (olhos avermelhados); boca seca; larica (sensação de fome); tremores discretos nas mãos; incoordenação motora; diminuição da força muscular; sonolência e apatia são comuns.

A maconha provoca, a longo prazo, uma redução das defesas imunológicas, deixando o organismo sujeito a infecções de todos os tipos.
As conseqüências do uso continuado da maconha podem atingir o cérebro, aparelho cardiovascular e pulmões, além de precipitar convulsões em epilépticos e diminuição acentuada de espermatozóide nos homens, devido à queda da testosterona.

Estas alterações foram encontradas no homem e confirmadas em pesquisas com animais. Tais sintomas são reversíveis, voltando aos índices normais após a interrupção do uso.

 Outras consequências do uso continuado são a dificuldade no aprendizado, a diminuição do rendimento escolar e no trabalho, dada a diminuição dos reflexos e da capacidade de concentração. Usuários assíduos de maconha mostram-se muito desmotivados, chegando a perder o interesse pela família, amigos, escola, trabalho e lazer e demonstram falta de objetivos de vida mais elaborados.

Do ponto de vista psíquico, podem ocorrer alucinações e delírios (dependendo da quantidade de THC consumida e da sensibilidade do usuário) e desencadear um quadro psiquiátrico clínico, semelhante à esquizofrenia, em pessoas com predisposição latente.

Muitos jovens acreditam que o álcool e o fumo são mais maléficos do que a maconha. Segundo Carlini, trata-se de uma falsa argumentação, pois ainda não existem estudos epidemiológicos que possam constatar tal afirmativa. Além disso, qualquer comparação entre essas substâncias só poderia ser válida se tratasse de níveis idênticos de consumo.
Dificilmente um indivíduo consome a mesma quantidade de "baseado" que um usuário de tabaco ou um bebedor com substância alcoólica .

 Logo esta afirmação não tem fundamento científico e nada ajuda na resolução do problema. Nenhum jovem interrompeu seus estudos, foi reprovado, teve surto psicótico, alterações hormonais durante o uso, alterações das percepções, perda do referencial tempo/espaço, memória e concentração prejudicadas, complicações com a polícia, afastou-se de família, amigos ou namorado(a) por causa do cigarro, o mesmo não podemos dizer em relação ao álcool e à maconha.

Livro:

A PREVENÇÃO DE DROGAS À LUZ DA CIÊNCIA E DA DOUTRINA ESPÍRITA

REFLEXÕES PARA JOVENS E EDUCADORES

Rosa Maria Silvestre Santos

Pedagoga, psicopedagoga, psicodramatista, consultora de prevenção às drogas, co-dirigente do curso "Escolinha" de Pais.

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