terça-feira, 25 de setembro de 2012

ADOLESCÊNCIA -- PREVENÇÃO DE DOREGAS NA ESCOLA III

Olá,

 Os programas culturais, recreativos e educacionais oferecem alternativas sadias em substituição à sedução das drogas.
 Os programas de consciência ecológica incentivam um estilo de vida saudável, em contraposição à poluição ambiental, sonora, alimentar e à procura excessiva de automedicação.
Os programas de educação afetiva visam a melhorar a


auto-estima, a resistência à pressão do grupo, a ansiedade, a timidez, etc. Todos os programas acima citados estão incluídos nos modelos de "Educação Afetiva"; "Estilo de Vida Saudável"; "Pressão Positiva" e no de "Oferecimento de Alternativas", segundo Carlini, Carlini-Cotrim e Silva- Filho, 1990, cap.III, p.6-10. Um projeto de prevenção na escola passa por três etapas, envolvendo, respectivamente, os profissionais da escola, pais e alunos:

* Na primeira etapa, chamada "Escola", realizam-se estudos e debates e treinamentos que envolvam o corpo técnico-administrativo e o corpo docente para trabalharem o tema droga, não apenas intelectualmente, mas com todas as implicações afetivas e sociais (o que é atingido usando a metodologia psicodramática).

* A segunda etapa envolve "Pais", tem o objetivo de fortalecer mais o contato com as famílias, promovendo encontros, reuniões onde se possam trocar experiências, informações e orientações, procurando evitar alarmismos ou minimizações das questões referentes às drogas e priorizando trabalhar as dificuldades nas relações pais e filhos.

* A terceira etapa -"Alunos"- compreende diversas formas sutis de abordar o assunto, desde o espaço de discussão aberta oferecido pela Orientação Educacional, ao espaço interdisciplinar, planejado ou não no currículo escolar, com professores das diferentes disciplinas, atentos e sensíveis para captarem as necessidades do seu grupo de alunos, para usarem formas criativas de trabalhar o seu conteúdo, correlacionando-o, quando possível, com temas da vida prática como adolescência, sexo e drogas.

Para planejar, executar e avaliar um projeto de drogas, algumas técnicas, atitudes e atividades devem ser totalmente excluídas, como por exemplo:
concentrar numa só aula ou encontro todas as informações;
pedir pesquisas aos alunos, sem conhecer o material a ser consultado;
oportunizar depoimentos de ex-drogados ou,
em última instância, desenvolver trabalho isolado, isto é, um único profissional tentar uma ação preventiva na escola.

O treinamento na abordagem psicodramática tem como objetivo sensibilizar os profissionais da escola para que possam rever seus posicionamentos e se sintam, afetiva e cognitivamente, preparados para montarem, em conjunto, um projeto.
Faz-se mister encontrar a sintonia indispensável com os interesses da população-alvo (jovens), ultrapassando a ação do campo das idéias e do academicismo e utilizando abordagens criativas e construtivas.

A capacitação e treinamento dos professores da escola, permitem dar ao tema "droga" uma perspectiva mais realista e isenta de preconceitos, a fim de que percebam que não existe "escola sem drogas".
A auto-estima dos alunos deve ser valorizada, o professor deve adquirir segurança para abordar os problemas que surgirem, responder aos questionamentos dos pais e alunos e melhorar o relacionamento interpessoal.

A grande conquista desta forma "vivencial" de abordagem é que se estimula um clima de confiança e ajuda mútua, e o jovem tem a consciência de que cabe a ele a total responsabilidade por suas opções. A prevenção às drogas na escola não é um bicho de sete cabeças e deixa de correr o risco de ser um incentivador ao uso, desde que, a equipe escolar se reúna, prepare e construa um projeto de prevenção exequível, compatível com sua proposta pedagógica, introduzindo atividades construtivas, que valorizem o aluno, estimulem a autonomia, encorajem-no a fazer um exame crítico de suas escolhas.

Livro:

A PREVENÇÃO DE DROGAS À LUZ DA CIÊNCIA E DA DOUTRINA ESPÍRITA

REFLEXÕES PARA JOVENS E EDUCADORES

Rosa Maria Silvestre Santos

Pedagoga, psicopedagoga, psicodramatista, consultora de prevenção às drogas, co-dirigente do curso "Escolinha" de Pais.


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