domingo, 2 de setembro de 2012

COTIDIANO - NA EXTENSÃO DO SERVIÇO

Olá,



 Que seria do Espiritismo se não guardasse finalidades de aperfeiçoamento da própria Terra, onde se expressa por movimento libertador doas consciências?

Seria louvável subtrair o homem do campo à função laboriosa da sementeira, distraindo-o com narrativas brilhantes e induzindo-o à inércia?


Seria aconselhável a imposição do êxtase ao esforço ativo, congelando-se preciosas oportunidades de realização para o bem?

Mas, se nos abeirarmos do trabalhador, com o intuito de estimula-lo ao serviço, auxiliando-lhe o entendimento, para que a tarefa se lhe faça menos sacrificial, e favorecendo-o a fim de que descubra, por si mesmo, os degraus da própria elevação, estaremos edificando o bem legítimo, no aprimoramento da vida e da coletividade.

De que valeria a intimidade do homem com os Espíritos domiciliados em outras esferas, sem proveito para a existência que lhe é peculiar?

 Não será deplorável perda de tempo informarmo-nos, sem propósito honesto, quanto aos regulamentos que regem a casa alheia?

Se a criatura humana ainda não pode dispensar o suprimento de proteínas e carboidratados, de oxigênio e vitaminas, se não pode prescindir do banho e da leitura, por que induzi-la ao ocioso prazer das indagações sem elevação de vistas?

Atendamos, acima de tudo, ao essencial. É curioso notar que o próprio Cristo, em sua imersão nos fluidos terrestres, não cogitou de qualquer problema inoportuno ou inadequado.
 Não se sentou na praça pública para explicar a natureza de Deus e, sim, chamou-lhe simplesmente “Nosso Pai”, indicando os deveres de amor e reverência com que nos cabe contribuir na extensão e no aperfeiçoamento da Obra Divina.

 Embora asseverasse que “na casa do Senhor há muitas moradas”, não se deteve a destacar pormenores quanto aos habitantes que as povoam. Não obstante exaltar o Reino Celeste, nele situando a glória do futuro, não olvidou o Reino da Terra, que procurou ajudar com todas as possibilidades de que dispunha.

Curando cegos e leprosos, loucos e paralíticos, deu a entender que vinha não somente regenerar as almas e sem também socorrer os corpos enfermos, na recuperação do homem integral. Não se contentou, porém, com isso. Em todas as ocasiões, exaltou nossos deveres de amor para com a vida comum. Recorre à semente de mostarda e à dracma perdida para alinhar preciosos ensinamentos.

 " ROTEIRO"         EMMANUEL

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