quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

EVANGELHO - O CUMPRIMENTO DA LEI E DOS PROFETAS II


Olá,

MATEUS  CAP 5

23 Portanto, se tu estás fazendo a tua oferta diante do altar e te lembrares aí que teu irmão tem contra ti alguma coisa. 24 Deixa ali tua oferta diante do altar e vai reconciliar-te primeiro com teu  irmão e depois virás fazer a tua oferta. 
Nós, que adoramos a Deus em espírito e verdade, temos por altar a consciência. E a oferta que



fazemos ao Pai são nossas preces sinceras. Se quando estivermos orando a Deus, nossa consciência nos acusar de termos prejudicado a um irmão, quer por palavras, quer por atos, devemos, em primeiro lugar, ir procurar o irmão e perdoarmo-nos reciprocamente. E livres de rancores um do outro, teremos a consciência tranquila e o amor fraterno voltará a se instalar em nosso coração. Isso feito poderemos continuar nossa oferta ao Pai; em caso contrário, ele não a aceitará.

25 Concerta-te sem demora com teu adversário, enquanto estás posto a caminho com ele; para que não suceda que ele, o adversário, te entregue ao juiz e que o juiz te entregue ao seu ministro e seja mandado para a cadeia. 26 Em verdade te digo que não sairás de lá enquanto não pagares o último ceitil. 
O caminho em que estamos postos com nosso adversário, é a vida presente, durante a qual houve o atrito entre nós e ele. Enquanto estamos juntos, isto é, todos encarnados, é que convém desfazer os desagravos e transformar as inimizades, por menores que sejam, em estima. Convém, também, corrigir todo o mal que tivermos praticado; porque se não aproveitarmos a oportunidade que o Senhor nos concede e desencarnarmos odiando alguém e com ações malévolas pesando em nossa consciência, seremos colhidos pelo ciclo das reencarnações dolorosas. Então o sofrimento nos ensinará a mudar todo o ódio em amor e a corrigir até a mais pequenina falta que tivermos cometido contra nosso próximo.

27 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não adulterarás. 28 Eu porém vos digo: que todo o que olhar para uma mulher, cobiçando-a, já no seu coração adulterou com ela.
O simples pensar no mal revela inferioridade de uma pessoa. Se não realiza o seu mau pensamento, é porque não se lhe apresentou ocasião favorável; tivesse tido oportunidade e o mal, que guardou consigo, se traduziria em ação. Se alguém pensa no mal e, todavia, não o pratica nem por isso se livra da responsabilidade de expurgar de seu coração os sentimentos ruins. A lei antiga condenava o mal quando este se manifestava materialmente. A lei de Jesus não só condena a manifestação material do mal, como também o alimentá-lo com o pensamento. Onde há pensamentos malévolos, ainda não há pureza.

29 E se o teu olho direito te serve de escândalo, arranca-o e lança-o fora de ti; porque é melhor que se perca um dos teus membros, do que todo teu corpo vá para o inferno. 30 E se a tua mão direita te serve de escândalo, corta-a e lança-a fora de ti; porque é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo vá para o inferno.
  A palavra escândalo no significado aqui empregado, é tudo quanto é mal. E as causas de escândalo são os meios pelos quais o homem pratica o mal. Os olhos postos a serviço da cobiça e da inveja; a língua quando é maldizente; as mãos que usam do poder para esmagar os fracos; o cérebro que se serve da inteligência para desviar os homens de Deus; enfim todos os órgãos do corpo e os bens intelectuais e os materiais, quando usados para a satisfação de apetites inferiores, são causas de escândalo. É necessário, pois, que tenhamos o máximo cuidado em bem empregar não só os órgãos do corpo, como também os bens materiais e os intelectuais, para que não se tornem causas de escândalo e não precipitem nosso espírito em séculos de sofrimentos expiatórios.

O Evangelho dos Humildes         Eliseu Rigonatti

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