segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

EVANGELHO - O CUMPRIMENTO DA LEI E DOS PROFETAS VI

 Olá,

MATEUS  CAP 5

42 Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes. 
Prestar auxilio a quem o solicita é uma lei divina. A quem nos pedir, quer sejam auxílios materiais, quer espirituais, precisamos socorrer na medida de nossas possibilidades. Recusar ajuda, seja por dar ou por emprestar, é agravar uma situação penosa em que se encontra um irmão. É verdade que nem sempre estamos em condições de satisfazer os pedidos que nos fazem. Contudo, quando o pedido for justo, com um pouco de boa vontade e de bom coração, sempre encontraremos meios de atender à maior parte das solicitações que nos são dirigidas em nome do Senhor. Neste versículo, Jesus nos ensina a colocar o pouco ou o muito que possuímos, a serviço da fraternidade universal.

 43 Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás a teu inimigo. 44 Mas eu vos digo: Amai a vossos inimigos, fazei o bem ao que vos tem ódio; e orai pelos que vos perseguem e caluniam.
 Incapazes de compreender que todos os homens, pertençam a que raça pertencerem, são irmãos, filhos de um único Pai, Moisés teve de ensinar a seus tutelados a amarem pelo menos os de sua tribo ou família. Jesus dilata o ensinamento de Moisés, ensinando-nos que até mesmo nosso próprio inimigo, é nosso próximo, pois é nosso irmão em Deus. Este ensinamento de Jesus poderia ser um contra-senso, se não houvesse a lei da reencarnação. De fato, se vivêssemos apenas uma vez, e se depois da morte mergulhássemos no nada, ou fôssemos viver em beatitudes ou em tormentos eternos, por que haveríamos de forçar nosso coração a amar quem nos odeia?
 Por que teríamos de orar pelos que nos espezinham?
 Porém, sabemos que existe a lei da reencarnação. Sabemos que nossa vida não termina pela morte. Sabemos que não iremos para lugares de beatitudes, nem de tormentos. E sabemos que o ódio liga pelos laços do sofrimento, ao passo que o amor une pelos laços da felicidade. A morte não nos livra dos inimigos, como não nos separa dos amigos. A lei da reencarnação faz com que os espíritos, que se odeiam, encarnem no mesmo grupo, a fim de que os trabalhos, os sofrimentOS e as alegrias que suportarem em comum, transformem em fraterna amizade a repulsa que os separava. sabedor disso, Jesus recomenda que procuremos extinguir as animosidades que nos dividem, quer lutando por transformar os inimigos em amigos, quer fazendo o bem a quem não nos estima, quer orando pelos que nos perseguem. Assim procedendo, afrouxaremos os dolorosos laços fluídicos do ódio, os quais facilmente serão rompidos no momento oportuno; e nosso espírito estará livre de pesado fardo e merecedor de um futuro risonho. 


45 Para serdes filhos de vosso Pai, que está nos céus; o qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus e vir chuva sobre justos e injustos. Por que é que Deus, Nosso Pai, permite que também os maus gozem dos bens da Natureza, na mesma proporção que os bons? Porque Deus sabe que seus filhos rebeldes de hoje, por força da lei do progresso, hão de ser bons no futuro, assim como os bons de hoje, já terão sido maus no passado. O bem é a lei suprema do Universo. O mal é simplesmente a ausência do bem, assim como a escuridão é a ausência da luz. Faça-se a luz e a escuridão deixará de existir. Logo que um espírito malévolo procura a luz, as trevas da ignorância, que o envolviam, dissipam-se e ele se torna luminoso. Portanto, sigamos o exemplo de Deus, não privando nossos inimigos de nosso amor, certos de que a lei da Evolução, à qual todos estamos submetidos, fará deles nossos irmãos bem amados.

 46 Porque se vós não amais sendo os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos também o mesmo? 47 E se vós saudardes somente aos vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os gentios?
O verdadeiro progresso espiritual se verifica quando o individuo combate seu excessivo amor próprio. O amor próprio, uma das mais comuns manifestações do orgulho, é a causa principal, que impede se restabeleça a fraternidade entre os homens. Sacrificando seu amor próprio, facilmente cada um encontrará os meios de se manter em harmonia com todos e de fazer com que desapareçam as inimizades, que, porventura se tenham gerado em seu ambiente. Estes dois versículos visam particularmente os espíritas. Os espíritas, para serem alunos mais adiantados de Jesus, precisam amar aos que os aborrecem e saudar até os que os contrariam. De outra forma, onde estará o mérito de professarmos uma doutrina mais evoluída?

 48 Sede vós logo perfeitos, como também vosso Pai celestial éperfeito. À primeira vista este preceito de Jesus parece impossível de ser praticado. Todavia, se meditarmos um pouco sobre ele, veremos que é um mandamento lógico e cujo cumprimento está ao alcance de qualquer discípulo de boa vontade. É fora de dúvida que o amor que o Pai consagra a seus filhos é igual para todos. O Pai celestial não ama mais um filho em detrimento de outro. O forte e o fraco, o rico e o pobre, o são e o doente, o sábio e o ignorante, o justo e o pecador, todos são amados por Deus, e a Divina Providência vela por eles, amparando-os e guiando-os para a Perfeição. Pois bem, para sermos perfeitos como nosso Pai celestial é perfeito, precisamos amar com o mesmo amor a todos os nossos irmãos, a toda humanidade. Ricos e pobres, amigos e inimigos, fortes e fracos, sãos e doentes, sábios e ignorantes, justos e pecadores, todos merecem nosso carinho, nosso amor e nossa dedicação. Assim sendo, amando nossa imensa família humana, sem exceção de pessoas, estaremos sendo perfeitos como é perfeito nosso Pai, que está nos céus.

O Evangelho dos Humildes    Eliseu Rigonatti

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