Olá,
Aprende a usar a benção de amor que Jesus depositou em teu
coração, sob a forma de conhecimento superior, a fim de que a Bondade
Celeste não esteja brilhando em vão contigo.
Recorda que o Divino Médico não veio ao mundo para salvar os
sãos.
Assim sendo:
não lances o fel envenenado da crítica sobre as úlceras do teu irmão
atribulado;
não arrojes combustível ao incêndio que lavra no templo doméstico do
teu vizinho em provação;
não sondes com o espinho
de tua curiosidade malevolente a chaga que
intoxica o corpo doente do próximo, e nem projetes pó e cinza de malícia sobre
os olhos enfermos dos semelhantes, a pretexto de convidá-los à defensiva...
Aprendamos, sobretudo, a ajudar...
A praça pública vive sempre repleta de juizes e observadores sem
comiseração.
Em toda parte, sobram aqueles que se sentem dispostos a
discutir, confundir, desconfiar e apedrejar...
É por isso que Jesus em nos enriquecendo a existência com a
claridade dos seus inolvidáveis ensinamentos, conferiu-nos, acima de tudo, a
tarefa do amor que ampara, compreende, auxilia e salva sem reclamar...
Em qualquer situação a que fores conduzido, em tua luta de cada
dia, recorda que o Mestre nos aguarda, em todos os ângulos do trabalho, para
que lhe interpretemos a bondade e a compaixão.
Usa a luz para diminuir as trevas.
Mobiliza o conhecimento elevado para atenuar a ignorância.
Gasta o sentimento, amolecendo as pedras espirituais do caminho.
Usa o silêncio da humildade e da fé viva para que o ruído
ensurdecedor do mal não te requisite, igualmente, à perturbação.
O Mestre não nos chamou para vergastar as vítimas do
sofrimento, mas sim para encorajá-las no rumo da própria redenção.
É por isso que Ele, o Supremo Orientador do Mundo, em se
consagrando à Humanidade, preferiu a cruz do próprio sacrifício como a
cátedra sublime dos Seus Ensinamentos para o nosso ingresso à ressurreição
imperecível.
EMMANUEL
Do livro Instrumentos do Tempo. Psicografia de Francisco Cândido
Xavier
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