terça-feira, 4 de junho de 2013

ADOLESCENCIA - A SEDE REAL DO SEXO III

Olá,

3.7 — Subconsciência: arquivo profundo da personalidade

A mente é o equipamento sublime do Espírito, resultado de milênios incontáveis de evolução incessante, onde estão gravados, de maneira indelével, todos os recursos psicológicos de nossa personalidade: caráter, cultura, hábitos, aptidões, sensibilidade, desejos, virtudes, vícios, amor, paixões etc.
Os recursos mentais variam de Espírito para Espírito, em


função do livre-arbítrio de cada um no aproveitamento das experiências, na existência terrena.
Tudo que praticamos: pensando, falando, sentindo e agindo, na fieira das reencarnações, é arquivado, na forma de reflexos nos escaninhos de nossa mente, na sua zona mais profunda, que é a sub-consciência, estruturando assim a nossa individualidade.
A subconsciência, explica-nos o Espírito Emmanuel:
 (...) é o acervo de experiências realizadas pelo ser em suas existências passadas. O Espírito, no labor incessante de suas múltiplas existências, vai ajuntando as séries de suas conquistas, de suas possibilidades, de seus trabalhos; no seu cérebro espiritual organiza-se, então, essa consciência profunda, em cujos domínios misteriosos se vão arquivando as recordações  ‘.
“Emmanuel” — Emmanuel / F. C. Xavier — FEB — Cap.14
Se a mente é a sede real do sexo, pode-se entender daí como é o sexo nos Espíritos.
 Realmente, os Espíritos não podem reproduzir-se, mas conservam, no seu maravilhoso arquivo mental, todos os reflexos resultantes de suas atividades praticadas aqui na Terra, na sucessão das reencarnações, vivenciando as funções masculinas ou femininas que o corpo físico lhes ofereceu.
 É o que André Luiz nos reporta:
“Na Esfera da Crosta, distinguem-se os homens e mulheres segundo sinais orgânicos, específicos. Entre nós, prepondera ainda o jogo das recordações da existência terrena, em trânsito, como nos achamos, para regiões mais altas.” “No Mundo Maior” — André Luiz / F. C. Xavier — FEB — Cap.11
 O mesmo afirmava também o Codificador, Allan Kardec, comentando o problema da influência da experiência física na vida espiritual e vice-versa.
A influência que se transfere para a vida espiritual que o Codificador analisa, são as mesmas recordações guardadas na mente, ditas por André Luiz:
“Se essa influência se repercute da vida corporal à vida espiritual, o mesmo se dá quando o Espírito passa da vida espiritual para a corporal. Numa nova encarnação trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito.”  Revista Espírita 1866 -Mês-01

3.8 — Departamento das almas femininas e masculinas na cidade espiritual “Nosso Lar”

Se o caráter dos sexos não continuasse em realidade na vida espiritual, como uma expressão particular e mais profunda de cada Espírito, não veríamos trechos nas obras de André Luiz, como estes:
“As almas femininas não podem permanecer inativas aqui. É preciso aprender a ser mãe, esposa, missionária, irmã.” “Nosso Lar” — André Luiz / F. C. Xavier — FEB —Cap.20)
 “Eu não sabia explicar a grande atração pela visita ao departamento feminino das Câmaras de Retificação.”  “Nosso Lar” — André Luiz / F. C. Xavier — FEB — Cap.40)
Reservam-se estas câmaras — explicou o companheiro bondosamente — apenas a entidades de natureza masculina.” “Nosso Lar” — André Luiz / F. C. Xavier — FEB — Cap.27)
O Espírito continua, além-túmulo, com suas tendências de homem ou de mulher, pois elas estão guardadas na MENTE. A atração entre os sexos continua no Plano Espiritual, pois permanece também o namoro, o noivado e o casamento nas sociedades espirituais.
Vejamos a admiração do Espírito André  Luiz em presenciando um casamento no Mundo Espiritual: “Não tinha, no mundo, a menor idéia de que pudéssemos cogitar de uniões matrimoniais, depois da morte do corpo. Quando assisti a festividades dessa natureza, em “Nosso Lar”, confesso que minha surpresa raiou pela estupefação.”  “Os Mensageiros” — André Luiz / F. C. Xavier — FEB — Cap.30)

 3.9 — A identificação sexual do Espírito nas comunicações psicofônicas

Notemos também que o escritor espiritual André Luiz nos adverte quanto à necessidade, quando no intercâmbio com os Espíritos, no trabalho de desobsessão, de deduzirmos qual o sexo que tal Espírito possui na Terra, pois este permanece com as mesmas características em sua estrutura psicológica, como vemos neste trecho:
“(...) Os médiuns esclarecedores, pelo que ouçam do manifestante necessitado, deduzam qual o sexo a que ele tenha pertencido, para que a conversação elucidativa se efetue na linha psicológica ideal .“ (20.33)
A sexualidade continua profundamente viva em cada Espírito. A nossa personalidade, hoje, tanto no plano físico como no espiritual, é resultado das funções executadas nos milênios, através dos recursos abençoados do sexo, que a Providência Divina nos oferece para a nossa evolução. O sexo, portanto, está na base da formação das características de nossa individualidade.

3.10 — Personalidade sexual: soma de milênios de experiências

O mentor espiritual Emmanuel esclarece-nos:
  “(...) Toda a estrutura psicológica, em que se nos erguem os destinos, foi manipulada com os ingredientes do sexo, através de milhares de reencarnações”. (17.14)

3.11— A sexualidade nos órgãos genitais

 Os órgãos genitais não são os elementos básicos para definir a sexualidade das criaturas humanas, pois eles são instrumentos passivos, obedecendo ao comando mental.
Não são eles que decretam a nossa sexualidade, mas sim a nossa estrutura psicológica. É o que nos explica André Luiz:
 “O sexo é, portanto, mental em seus impulsos e manifestações, transcendendo quaisquer impositivos da forma em que se exprime.” (23.18-1 P)
Nossos desejos, sonhos, ideais, sensibilidade, hábitos, aptidões, impulsos afetivos, tendências e reações intimas, tanto na feminilidade quanto na masculinidade, continuam conosco na vida espiritual, pois estão registrados na mente.

SEXO E EVOLUÇÃO              WALTER BARCELOS

Deixe seu comentário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário