segunda-feira, 30 de setembro de 2013

EVANGELHO - A Mulher e o Lar – 1º

Olá,

Cada um permaneça na vocação em que foi chamado. Um dos mais belos aspectos do Espiritismo é, sem dúvida, o que diz respeito ao problema da fixação da mulher dentro do Lar. E este fato, por si mesmo expressivo e jubiloso, evidencia, de maneira incontestável, a influência da nossa Doutrina nos surtos de progresso que assinalam, na atualidade, as conquistas humanas, influência segura e benéfica, proveitosa e construtiva.



Os movimentos feministas têm-se revelado inoperantes, pelo menos até hoje, uma vez que não conseguiram incutir, na mulher, a compreensão sublime da tarefa que lhe cabe na preparação da Humanidade do porvir.
 A verdade insofismável é que os lares se estão esvaziando na mesma proporção em que os clubes se tornam cada dia mais frequentados. Enquanto a música sem inspiração, a dança, a bebida e o jogo vão consumindo a saúde e o dinheiro, o bom ânimo e a confiança de casais invigilantes, milhares de crianças, de todas as idades, órfãs de pais vivos, necessitadas de carinho e assistência, permanecem nos lares sob a guarda de auxiliares nem sempre dedicadas.
Em outros casos, os adolescentes acompanham os genitores aos clubes, ou buscam, eles próprios, ambientes onde esperam e procuram esvaziar, noite a dentro, a taça do prazer e da ilusão. Embora Paulo, traçando diretrizes sobre a estabilidade da família, recomende aos Coríntios que “cada um permaneça na vocação em que foi chamado” — isto é, a mulher no lar, educando e assistindo os filhos, e o homem nos deveres inerentes à sua própria natureza — o que se percebe, na atualidade, é que, enquanto os lares se despovoam, os clubes se repletam.
 Deslumbrada por mirabolantes “slogans” de reivindicações de toda a sorte, vai a mulher se deixando conduzir, pouco a pouco, pela estrada do superficialismo, esquecida, lastimàvelmente, de que a mais importante reivindicação que poderia fazer seria a de continuar reinando, soberana, em seu Lar. Não conhecemos postulação mais sublime, mais grandiosa, para a mulher: esposa e mãe, companheira do seu companheiro, educadora dos seus filhos.
 Se a Escola instrui, o coração materno educa. Duas realidades, portanto, se afirmam:
 1.’): — o despovoamento dos lares, com os naturais e compreensíveis perigos à estabilidade do instituto doméstico;
2.) : — o rápido crescimento dos cassinos e buates, onde a futilidade e o vinho fazem parelha com a desconfiança e a sedução, na vertiginosa corrida para o mais rápido aluimento dos sagrados alicerces da família.
 A mulher contemporânea, especialmente nos chamados “meios civilizados”, procura ajustar-se, por esnobismo ou ingenuidade, ao falso conceito de modernismo ou modernice. Começa a perder, assim, sem que o perceba, como uma pessoa que se embriaga à força de pequeninos e sucessivos goles, o gosto pelo Lar, a satisfação de ser a companheira dos seus filhos.
O ambiente requintado dos clubes alegra-lhe mais o coração do que a simplicidade, o recato do santuário doméstico, onde se plasmam os caracteres  e de onde partem, para o mais incerto dos incertos destinos, os futuros cidadãos do mundo.

 ESTUDANDO O  EVANGELHO       MARTINS PERALVA

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