terça-feira, 10 de dezembro de 2013

EVANGELHO - A luta contra os Espíritos Nobres II

Olá,

Mateus, 12

19 Não contenderá, nem clamará, nem ouvirá alguém a sua voz nas praças.

 É bem expressiva esta advertência de Isaías: demonstra-nos que Jesus nunca forçaria a quem quer que seja a aceitar sua doutrina por meio de discussões e jamais faria alarde dos bens espirituais que prodigalizaria, nem clamaria contra os que não queriam ouvi-lo.



 Os discípulos humildes de hoje devem aproveitar esta advertência: não clamarem, não contenderem, não alardearem sua caridade, nem suas esmolas, nem seus feitos evangélicos.
 No desempenho de suas funções mediúnicas e evangélicas, por mais modestas que sejam, é imprescindível muita sinceridade. Nem sempre existe sinceridade, porém ostentação no coração de quem faz questão de espalhar aos quatro ventos a caridade material ou espiritual que pratica.

20 Não quebrará a cana que está deprimida nem apagará a torcida que fumega, até que saia vitoriosa a sua justiça.

Por mais oposição que sua doutrina encontre, jamais a palavra de Jesus será abafada. Pelo contrário, quanto mais a humanidade progredir espiritualmente, tanto mais comentará, estudará, assimilará e aplicará os preceitos evangélicos.
Por vezes, parece que a vitória pertence ao mal; entretanto, se prestarmos atenção, notaremos que a vitória do mal é efêmera e ilusória; a verdadeira vitória é ganha por tudo o que for para o bem, o que for nobre e útil.
Assim sairá vitoriosa a justiça de Jesus, isto é, sua doutrina, por ser boa, nobre e de extrema utilidade para nossa felicidade real.
A felicidade na terra é de curta duração e sempre dosada de acordo com nosso grau de espiritualidade. Somente alcançaremos a felicidade integral no plano espiritual, quando tivermos completado nosso aprendizado das leis divinas e liquidado os débitos contraídos no passado, pela nossa ignorância.
Ao chegar a ocasião de o homem trabalhar para se espiritualizar no ambiente terreno, então se lhe deparam as grandes dificuldades.
 A sociedade de um lado, e seus familiares do outro, procuram desviar sua atenção do objetivo espiritual que visa. É quando se lhe faz mister impor-se muita fortaleza moral para que não venha a sucumbir aos caprichos da sociedade nem às idéias materiais de seus familiares.
Jesus não quer que os homens se afastem nem da sociedade nem da  família; quer que cada um saiba vencer as dificuldades e superar os obstáculos, tendo por norma os preceitos de amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
 Não apagará a cana deprimida nem a torcida que fumega, até que saia vitoriosa a sua justiça, são símbolos de que Isaías usa para dizer-nos que Jesus jamais imporia sua lei pela violência; porém sempre guiará com amor seus tutelados até Deus.

 21 E as gentes esperarão no seu nome.

As leis humanas são transitórias, mutáveis e incapazes de promoverem a felicidade dos povos. A única lei capaz de trazer a felicidade, a paz, a harmonia e a compreensão entre os povos da terra, é a lei divina consubstanciada no Evangelho.
 À medida que o progresso espiritual se for processando no seio da humanidade, as leis terrenas irão tendo por base os preceitos evangélicos e dia virá em que a única lei será o Evangelho.
 Nessa época, um tanto longínqua ainda, mas que os povos esperam alcançar, haverá espiritualidade na face da terra e gozaremos da real felicidade. Por isso, é necessário que cada um de nós, em particular, procure espiritualizar-se, concorrendo, dessa maneira, para a espiritualização geral.

O EVANGELHO DOS HUMILDES                ELISEU RIGONATTI

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