domingo, 26 de janeiro de 2014

1867, p. 300

Olá,

“O desinteresse material, que é um dos atributos essenciais da mediunidade curadora, será também uma das condições da medicina medianímica?
 Como então conciliar as exigências da profissão com uma abnegação absoluta?
 Isto demanda algumas explicações, porque não é o mesmo caso.
A faculdade do médium curador não lhe custou nada; não
exigiu dele nem estudo, nem trabalho, nem despesas; ele a
recebeu gratuitamente para o bem de outro, e deve usá-la gratuitamente.

Como precisa antes de tudo viver, se não tem, por si  mesmo, recursos que o faça independente, deve procurar os meios no seu trabalho ordinário, como o havia feito antes de conhecer a mediunidade; ele não dá ao exercício de sua faculdade senão o tempo que lhe pode consagrar. Se toma esse tempo
de seu repouso, e se emprega, para se tornar útil a seus semelhantes, o que seria consagrado às distrações mundanas, é por devotamento verdadeiro, e disso não tem senão mais mérito. Os
Espíritos não lhe pedem mais, e não exigem nenhum sacrifício não razoável. Não se poderia considerar como devoção e abnegação o abandono de seu status para se entregar a um trabalho
menos penoso e mais lucrativo. Na proteção que lhe concedem, os Espíritos, aos quais não se pode impor, sabem perfeitamente distinguir os devotamentos reais dos devotamentos fictícios.”

Allan Kardec.

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