domingo, 5 de janeiro de 2014

1867, p. 8

Olá,

“É preciso se figurar que estamos em guerra, que os inimigos estão à nossa porta, prestes a segurar a ocasião favorável, e que dirigem as inteligências no local.
 Nesta circunstância, que há a fazer?
Uma coisa bastante simples: se restringir estritamente dentro do limite dos preceitos da Doutrina: se esforçar em demonstrar o que ela é por seu próprio exemplo, e declinar toda solidariedade com aquilo que poderia ser feito em seu nome que fosse de natureza a desacreditá-la, porque isso não costuma ser o feito de adeptos sérios e convictos.

 Não basta se dizer espírita: aquele que o é de coração o prova por seus atos.
 A Doutrina, não pregando senão o bem, o respeito às leis, a caridade, a tolerância e a benevolência com todos; repudiando toda violência feita à consciência do outro, todo charlatanismo, todo pensamento interesseiro no que concerne às relações com os Espíritos, e toda coisa contrária à moral evangélica, aquele que não se afasta da linha traçada não pode incorrer em nenhuma censura justa, ou demandas legais; bem mais que isso, quem toma a Doutrina por regra de conduta, não pode senão se conciliar à estima e à consideração das pessoas imparciais; diante do bem, até mesmo a incredulidade zombeteira se inclina, e a calúnia não pode sujar aquele que é sem mancha.
É dentro dessas condições que o Espiritismo atravessará os temporais que se amontoam sobre sua rota e que sairá triunfante de todas as lutas.”

Allan Kardec

Nenhum comentário:

Postar um comentário