segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Adolescência - ADULTÉRIO E INDULGÊNCIA “

Olá,

“Aquele dentre vós que estiver sem pecado atire a primeira pedra.” — Jesus. — (João, 8:7)

O adultério de que iremos tratar, se restringirá ao aspecto da violação da confiança conjugal, da infidelidade matrimonial e da viciação do instinto sexual, tanto por parte do homem como da mulher, abstendo-nos de considerar o aspecto jurídico.


7.1 — A mulher adúltera e a lei mosaica.

 A mulher, em todas as épocas da Humanidade, foi sempre submetida ao poder, à tirania, à deslealdade e à escravização pelo homem. Em caso de adultério, ela sempre ficou com a parte mais difícil e incompreendida de todos. Ao tempo de Jesus, a mulher, quando vista em adultério, era severamente castigada, geralmente com a morte, obedecendo aos princípios rígidos da religião judaica; ao passo que o homem, seu companheiro de comunhão sexual sem responsabilidade, não era considerado culpado, mas, sim, vítima de suas atrações perigosas. A rigidez da lei mosaica com a mulher adúltera era bem a manifestação da dureza de coração das criaturas humanas da época.

7.2 — Conhecimento das próprias fraquezas.

 Interferindo no processo cruel da praça pública, em defesa da mulher desprotegida e desesperada que lhe solicitara apoio e salvação, Jesus não levantou os braços, não gritou, não usou a força física e nem manipulou um grupo de comandados para usar a violência contra a turba enlouquecida, mas simplesmente enviou uma mensagem de luz, para que as mentes masculinas compreendessem as próprias deficiências e fraquezas morais.
 Usando somente sua autoridade moral, fez uma indagação amorosa que penetrou profundamente na consciência de cada um, estimulando-os a efetuarem uma auto-análise de sua conduta na qual descobriram falsidades, deserções e negações, compenetrando-se de suas próprias deficiências. A mulher adúltera naquele momento simbolizava a Humanidade inteira.
Jesus nos concitava a pensar em nossas próprias imperfeições, fraquezas e faltas, principalmente quanto à nossa sexualidade.
O Espírito Emmanuel nos aclara o raciocínio:
‘Tantos foram os desvarios dos Espíritos em evolução no Planeta — Espíritos entre os quais muito raros de nós, os companheiros da Terra, não nos achamos incluídos — que decerto Jesus, personalizando na mulher sofredora a família humana, pronunciou a inesquecível sentença, convocando os homens, supostamente puros em matéria de sexualidade, a lançarem sobre a companheira infeliz a primeira pedra.” (“Vida e Sexo” — Emmanuel / F. C. Xavier — LIÇÃO.22)
 Após os homens se retirarem, um a um, em silêncio, Jesus transmitiu à infeliz criatura uma mensagem de amor, esperança e fé para o seu coração torturado e ela deixou a praça, experimentando uma sensação nova no Espírito.

7.3 — Compaixão para com as criaturas em quedas do sentimento

O apóstolo João, ainda convivendo com as leis inflexíveis do Judaísmo e incapaz de compreender de imediato as palavras do Mestre, perguntou-lhe: “Por que não condenaste a meretriz de vida infame?” Vejamos o que o Mestre respondeu, segundo o Espírito Humberto de Campos:
 “Jesus fixou no discípulo o olhar calmo e bondoso e redarguiu:
— Quais as razões que aduzes em favor dessa condenação? Sabes o motivo por que essa pobre mulher se prostituiu? Terás sofrido alguma vez a dureza das vicissitudes que ela atravessou em sua vida? Ignoras o vulto das necessidades e das tentações que a fizeram sucumbir a meio do caminho. Não sabes quantas vezes tem sido ela objeto do escárnio dos pais, dos filhos e dos irmãos das mulheres mais felizes. Não seria justo agravar-lhe os padecimentos infernais da consciência pesarosa e sem rumo.” (”Boa Nova” — Irmão X / F. C. Xavier —  LIÇÃO 13.
 Para viver e servir com Jesus, é indispensável compreendamos as lutas e dificuldades morais e espirituais do próximo, a fim de não usarmos o estilete da crítica e nem as pedradas da condenação.
O Mestre do Amor Maior nos convida a amar, iluminar, servir, educar e salvar almas e não relacionar os defeitos do próximo, os quais, em realidade, são ainda de todos nós, nas experiências da vida humana. Jesus nos fala, através de Humberto de Campos:
 “A Terra, portanto, pode ser tida como um grande hospital, onde o pecado é a doença de todos; o Evangelho, no entanto, traz ao homem enfermo o remédio eficaz (...).“ (”Boa Nova” — IrmãoX / F. C. Xavier —  LIÇÃO  13
 Quem fixa a atenção nas falhas alheias, para descrevê-las, ainda não está apto para cooperar na grande obra de renovação com Jesus, pela reabilitação do espírito humano.

Walter Barcelos                                             Sexo e Evolução

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