segunda-feira, 16 de junho de 2014

Evangelho - Ante o Futuro

Olá,

Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis.
O mundo contemporâneo vive uma fase das mais periclitantes, confirmando, assim, a palavra inspirada do enérgico Apóstolo da Gentilidade, na sua carta a Timóteo.
O clima apreensivo em que se debate a Humanidade confirma, de forma clara e insuspeita, o asserto paulino.

Nuvens sombrias, prenunciadoras de violentos temporais, desfilam no espaço infinito.
Nos profundos oceanos da vida, agitadas procelas indicam a subversão dos valores morais, em que se assentam a virtude e o bem, avassalados, a cada instante, no impetuoso turbilhão das torrentes do mal.
As paixões humanas, os entrechoques de idéias e a impetuosa avalanche do egoísmo tendem a mudar o facie planetário.
Todas essas forças espalham, nesta fase de transições, as sementes da desconfiança e do rancor, da ambição e das vinditas seculares.
Por toda a parte, evolam-se clamores para o Alto...
De um lado — a prece sincera daqueles que, neste momento decisivo da História Humana, recordam, envolvidos em sublimes eflúvios de Esperança e Amor, a Mensagem de Paz trazida à Terra e legada aos homens pelo Admirável Pastor Galileu — Jesus, o Cristo de Deus.
Do outro — a angústia dos que desconhecem a lei de Causa e Efeito, que rege, justa e sabiamente, os destinos das humanidades, a estrutura moral, social e cultural das civilizações.
O homem contemporâneo, inacessível, em sua esmagadora maioria, às Eternas Verdades, pousa placidamente o olhar entristecido sobre os longos caminhos da vida, e vê somente o que lhe permite o seu limitado poder visual: o sombrio espetáculo de sombrias paisagens.
Interroga, então, o espaço imensurável...
Mas o “pisca-pisca” das estrelas não dá resposta às suas conjeturas e indagações atribuladas.
O lençol alvinitente da Via-Láctea, pontilhado de milhões e milhões de astros, representa, todavia, uma fagulha de suave e doce Esperança, como se fora o Olhar Divino envolvendo a Terra inteira.
Nas noites de plenilúnio, quando a alma dos seres e das coisas vibra ante o sublime convite à meditação e à prece fervorosa, o coração da Humanidade repleta-se de Esperança.
No cenário deslumbrante da Natureza adormecida e embalada pelos reflexos do luar, sente o homem, no mais profundo do seu Espírito, a realidade grandiosa, incomparável, da Presença Divina.
O Universo em silêncio é todo um poema de exaltação ao Criador.
Na exuberância magnífica do Seu Poder e Justiça, Sabedoria e Amor, o Sublime Arquiteto faz sentir, através da Sua portentosa obra, o inesgotável carinho pelos que lutam e sofrem, trabalham e se aperfeiçoam na forja dos avatares purificadores.
A mente humana, porém, esquiva como a própria Lua, vacila e estremece em face das manchas que, de espaço a espaço, envolvem a superfície terrestre, em alternativas de luz e sombra.
O homem moderno pensa e medita...
E, meditando e pensando, emaranha-se no abismo das cogitações filosóficas e religiosas.
E nesse labirinto especulativo, onde a ausência do Cristo gerou dogmas e preconceitos, começa, inelutàvelmente, a descrer de tudo, a desconfiar de todos.
Nos resplandecentes sólios da Espiritualidade, o Mestre, todavia, ante o futuro, ora e trabalha.
A Sua meta é a felicidade humana.
Aqui em baixo, na Terra, religiões centenárias e milenárias, infensas ao processo evolutivo da Vida, em todas as suas manifestações, agrilhoadas a perecíveis dogmas de fé, respondem, sem dúvida, por essa tendência céptica que se vai infiltrando na consciência dos homens, especialmente dos homens que estudam e meditam, analisam e observam.
A velha teoria do crer por ouvir dizer está, evidentemente, fora das cogitações do homem moderno. 

Martins Peralva                               Estudando o Evangelho

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