segunda-feira, 30 de junho de 2014

Vigilância - Oportunidade e desazo

Olá,

 Queixas-te, amargurado, ante os problemas que se sucedem, considerando não teres sido aquinhoado com ensejos de ventura e triunfo de que outros se beneficiam.
As tuas hão sido lutas sem quartel, provocadoras de desatinos que te estiolam os propósitos de enobrecimento.  Os dias se sucedem; cansai-vos debilitando as tuas fibras morais de tal modo que, mesmo emulado a uma salutar reação não te dispõe concretá-la.

Paisagens cinzas, agitadas pelas tormentas desanimadoras constituem os horizontes do teu caminho. Desaires e pessimismo são os estados d'alma que te assinalam a marcha.
Outrora sonhavas; agora defrontas pesadelos.
Antes crias; ora te açoitam as dúvidas.
 A princípio sorrias; depois sulcaste a face com a dureza de expressão.
 Ontem o entusiasmo te esflorava as aspirações; hoje a visão da esperança recobre-se de amargura. Atabalhoado com os resultados a que chegas, estás sem rumo e interrogas: "Que fazer?"
Só há uma opção: seguir adiante, colocando o sol da alegria na penumbra das dores.
 Nem tudo, porém, aconteceu, conforme te parece.
 Erras no conceito com que interpretas a vida, como te equivocaste nas atitudes assumidas.
Ideal e ação, palavra e vida são situações mui diversas.
Imperioso discernir com lucidez para acertar com segurança.
Quando as concessões da juventude te exornavam o corpo, assumiste compromissos perniciosos e gastaste as energias no jogo ilusório do prazer imediato.
Nos períodos de paz esqueceste da elaboração de um programa de trabalho primoroso, entregando-te ao repouso, desconcertante.
 Às aquisições significativas em forma de amizades, afeições, estudo, meditação, operosidade cristã, intercâmbio fraterno, preferiste outros valores...
Natural que defrontes o vazio refertando o íntimo e as dificuldades tornando-se impedimentos por fora. Expulsai a nuvem da queixa e oferta-te a bênção lenificadora de um ponderado reexame das conjunturas em que malograste, recomeçando com nova disposição.
Sempre é hoje, o momento precioso de santificar as horas. Não o proteles, arrimado à cruz inútil da autocomiseração.
A oportunidade perdida, mesmo quando se repete, já não são as mesmas as circunstâncias e condições...
Era uma voz e um exemplo. Palavras felizes e atitudes superiores. Idealismo abrasante e dedicação integral, Amor insuperável e dever imperioso.
Com essas insígnias Jesus mudou as rotas do pensamento humano; não obstante sofreu as mais pérfidas humilhações que culminaram numa cruz de desprezo que Ele santificou e num tumulto vazo, como portal de incomparável liberdade para todos nós.

 Joanna de Ângellis/Duvaldo P. Franco                 Celeiro de Bênçãos

Deixe seu comentário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário