sexta-feira, 18 de julho de 2014

Cotidiano - CORAÇÃO E CÉREBRO

Olá,

 Imaginemos um castelo de prodigiosa beleza, no cimo da montanha, talhado em ouro maciço, ostentando torres de cristal, ameias incrustadas de pérolas e pátios pavimentados de brilhantes, entre ogivas refulgentes, mas sem água que lhe garanta a habitabilidade e alegria.
 Ao clarão diurno, faísca de cintilações e, à noite, assemelha-se a santuário sublime vestido de prateada luz.

 Entretanto, na aridez em que se encrava, reduz-se a solitário retiro, no qual somente as aranhas e as serpes da sombra se amontoam, rebeldes e envenenadas.
 Eis, porém, que surge um dia em que de fonte oculta aflora no palácio um fio d'água humilde.
 E onde havia abandono aparece o pouso agasalhante, cercado de jardins, substituindo a secura que se enfeitava de pó.
 Escorpiões e víboras fogem apressados, ante os hinos do trabalho e as vozes das crianças.
Temos nesses símbolos o cérebro super mentalizado e o coração regenerador.
 O raciocínio erguido às culminâncias da cultura, mas sem a compreensão e sem a bondade que fluem do entendimento fraterno, pode ser um espetáculo de grandeza, mas estará distante do progresso e povoado pelos monstros das indagações esterilizantes ou inúteis.
 Enriqueçamo-lo, porém, com o manancial do sentimento puro e a inteligência converter-se-á, para nós e para os outros, num templo de sublimação e paz, consolo e esperança.
 Cultivemos o cérebro sem olvidar o coração.
 Sentir, para saber com amor; e saber, para sentir com sabedoria, porque o amor e a sabedoria são as asas dos anjos que já comungam a glória de Deus.

 Meimei/Francisco C. Xavier                                Instruções Psicofônicas

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