quarta-feira, 9 de julho de 2014

Vigilância - Desalento

Olá,

 Equivalente a enfermidade moral, instala-se o desalento, utilizando-se de pretextos vários em que se apóia, para o nefando mister da destruição da vida.
Chega sorrateiro e modifica a paisagem interior, minando resistências e sombreando ideais antes clarificados pelo sol do otimismo.
Aqui se nutre de alegações falsas com que, em se vitalizando, promove a fuga espetacular ao dever e à responsabilidade.

 Ali se identifica com os insucessos passados e estabelece a rede da má vontade com que destroça as florações da alegria nascente.
Adiante arregimenta as deficiências alheias, a fim de eximir-se de maiores comprometimentos com a ação relevante.
Exala cansaço injustificável, produzindo enfermidades imaginárias; instila apatia, grassando como desinteresse mórbido; favorece o desgoverno da ordem como árbitro da indiferença enfermiça; aniquila os que lhe caem nas faixas estreitas por contínua intoxicação mental, que termina em processos penosos de distonia psíquica e descontrole emocional.
Raramente se apossa por meio de ataque violento.
Dissimulador, acoberta-se, maneiroso, com habilidosas justificações.
 Previne-te contra as artimanhas desse adversário soez, sempre à espreita. Não te negues prudência e entusiasmo.
Se o trabalho te parece desagradável, reajusta os centros de interesse e renova-te.
 Caso estejas cansado, busca motivação estimuladora e prossegue.
Quando te identifiques em desilusão, considera o compromisso a que te fixas e reencontra-te.
Seja qual for o motivo, aparentemente justo, para fugires ao dever que te cabe, de servir e promover o bem, torna tua a contribuição base que estimule e encoraje os outros. Mas não recuses a oração nem o diálogo fraterno com os companheiros, ilhando-te, porquanto, uma vez atingido pelas manobras do desalento, somente a hercúleo esforço lograrás libertação.
Imagina a planta crestada negando-se ao orvalho da noite, a máquina trabalhada recusando lubrificação, a construção seguindo sem programa, o veículo em disparada sem o auxílio dos freios. Sem dúvida a ruína se encarregará de alcançá-los, cada um a seu turno. Assim ocorre com o obreiro da vida que se permite estiolar pelo desalento.
 Na atividade ou no repouso, em grupo ou a sós, não fomentes as tricas que produzem desencanto ou as dúvidas que suscitam o desalento.
 Tem por modelo Jesus que, não obstante ser o Construtor da Terra, não poucas vezes, no fragor das atividades de renovação para a Humanidade, recolhia-se à meditação e à prece, a fim de manter-se como expressão viva de otimismo e ação superior incessante.

 Joanna de Ângellis/Divaldo P. Franco                           Celeiro de bênçãos

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