quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Evangelho - Liberdade Cristã – 3º

Olá,

Ninguém busque o seu próprio interesse; e, sim, o de outrem.

 A exortação de Paulo é um convite à fraternidade, ao amor, à misericórdia e ao altruísmo.
 Que as diversões sejam, apenas, um derivativo em nossa existência — é lícito.
Que o livro vulgar continue alimentando ilusões, intoxicando mentes, plasmando futilidades, roubando horas — é coisa lícita.
 Que a visita convencional, formalista, desprovida de sinceridade e carinho, permaneça fomentando a hipocrisia entre os que nela se comprazem — é coisa lícita.
 Merece, contudo, nosso apreço o conselho de Paulo: “Ninguém busque o seu próprio interesse; e, sim, o de outrem.”
 O homem ou a mulher que, apesar de imperfeitos, buscam, no cumprimento de suas obrigações espirituais, a própria edificação, pela compreensão de que, na vida terrestre, tudo passa, devem continuar preferindo o comportamento construtivo.
 A visita fraterna, sempre que possível.
 A leitura substanciosa.
 As tarefas do bem.
 Os labores do Evangelho e da Doutrina.
O estudo e o trabalho, enfim.
 Assim convém ao Espírito já desperto, em processo de plenificação cristã.
No lugar das diversões excessivas, há muita coisa útil a fazer.
 A visita ao hospital, onde o indigente permanece esquecido. O amigo enfermo ou acossado por um problema moral, ansiando por um instante de prosa confortadora. O leito do sofrimento, que a distração ou a falta de tempo da maioria olvida.
Ao invés do livro comum, prefiramos a obra séria, respeitável, que fale de fraternidade e evolução, imortalidade e progresso, luz e amor. Obra que enriqueça a inteligência, com benefícios para o interesse de outrem.
 Não mais a visita convencional; agora, a solidariedade aos que sofrem. A palavra carinhosa, no leito do moribundo. O gesto afetuoso e compreensivo, simples e espontâneo, com o criminoso que a sociedade despreza. O reconforto à viúva que chora, com os filhos, a ausência do esposo que se foi na Grande Viagem.
 Todo esforço no sentido da auto-espiritualização é lucro para a alma eterna .
 Toda redução de futilidades constitui, inegavelmente, um passo à frente na senda libertadora.
 Contra os nossos anseios de crescimento — asseguram os Instrutores Espirituais — conspiram milênios de sombra.
 A jornada de ascensão se realiza “sob a cruz de sucessivos testemunhos” — avisa-nos a bondade de Emmanuel. Mas, o verbo dos Amigos Devotados ressoa ainda mui fragilmente em nossa consciência. Ainda buscamos, avidamente, o interesse próprio, em detrimento do alheio, desatentos ao conselho do Apóstolo. Temos dificuldade em conjugar, em todos os seus tempos e modos, o verbo “servir”.
 O serviço, para nós, constitui, ainda, uma disciplina — abençoada disciplina que nos afeiçoará, gradualmente, ao estado de ajudar espontaneamente.
 Não temos espírito de renúncia. Temos dificuldade em sacrificar-nos pelo próximo. Mas, se preferirmos o conveniente ao lícito, o edificante ao permitido, o proveitoso e útil ao simplesmente agradável, atingiremos, com certeza, a nossa sublime destinação dentro da Eternidade.
 A destinação do Bem e da Moral. Da Sabedoria e do Amor, com o Mestre da Cruz...
Outras esferas, outros mundos, outros sóis, aguardam que aprendamos, aqui, a lição da renúncia e do desinteresse.

 Martins Peralva                                   Estudando o Evangelho

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