quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Evangelho - O REINO DOS CÉUS

Olá,

A expressão reino dos céus, muito usada por Jesus em suas lições, tem dois sentidos: o sentido objetivo e o sentido subjetivo.
Quando usada objetivamente designa o mundo exterior, isto é, o Universo, do qual a Terra faz parte e onde habitamos. Reserva-se, então, a denominação reino dos céus para os lugares felizes do
Universo, que são os mundos regenerados, os felizes e os divinos.
As outras categorias de mundos, que são os primitivos, os de expiações e de provas, constituem os mundos ou lugares onde há, prantos e ranger de dentes. A separação dos bons e dos maus anunciada por Jesus é a transferência para planos superiores do Universo de espíritos que já alcançaram o grau de moralização suficiente para habitá-los. Enquanto os maus, isto é, os espíritos que persistem no erro e não querem regenerar-se, continuarão nos planos de provas e de expiações.
 Esta separação de uns e de outros se processa diariamente, porque todos os espíritos que já têm o direito de viver em mundos melhores, se transferem para lá sem demora. Também acontece que, quando um mundo começa a oferecer as condições necessárias para servir de morada a espíritos em franco progresso espiritual, o Senhor faz uma seleção rigorosa, banindo dele para mundos inferiores os espíritos que não acompanham o progresso geral.
É o que está acontecendo agora com a terra ela já oferece as condições necessárias, materiais e espirituais; requeridas por um mundo de regeneração; e por isso está passando pelas transformações próprias da mudança de categoria, isto é, de um mundo de prova e expiações para um mundo de regeneração.
É natural que semelhante transição não se efetue suavemente e sem choques dolorosos. E não é de uma hora para outra que se transforma um mundo. Todavia, é ora e dúvidas que ao despontar o terceiro milênio, tudo estará consumado e a terra terá conquistado o grau de planeta de regeneração e constituirá uma morada de paz, e luz e de felicidade, onde o Evangelho será lei.

 Tomada no sentido subjetivo, a expressão reino dos céus designa a tranquilidade de consciência, a paz interior, a felicidade íntima, a suavidade no coração, a calma interna, a fé viva em Deus, tudo isso originado da perfeita compreensão das leis divinas e de completa submissão à vontade do Senhor. Nas formosas e pequeninas parábolas , Jesus exemplifica o reino dos céus nos dois sentidos: no objetivo e no subjetivo.
Na parábola do joio o sentido é objetivo: Deus cria os espíritos e deixa que cada um construa o seu destino, até o dia em que separa os que se dedicaram ao bem, dos que se dedicaram ao mal.
Na parábola do grão de mostarda, o sentido é também objetivo: Jesus simboliza no pequenino grão a religião pura. sem formalismo e sem preconceitos, mas com base no coração, a qual, crescendo, abrigará a humanidade.
 O Evangelho, qual pequenino grão plantado na Galiléia, realizará o reino dos céus na face da terra.
  Na parábola do fermento o sentido é subjetivo: aos poucos, os preceitos evangélicos se instalarão no coração da humanidade.
 Na parábola do tesouro escondido e da pérola, o sentido é subjetivo: para possuírem dentro de si o reino dos céus, os homens deverão sacrificar todas as más paixões e renunciar a todo o egoísmo.
 Na parábola dos peixes, o sentido é objetivo: aqueles que já estão preparados para o reino dos céus, vão para os planos superiores; os que não o estão, continuam em planos inferiores.
 Na parábola do escriba instruído, o sentido é subjetivo: diante das novas idéias espirituais que conquistam o mundo, o indivíduo esclarecido abandona as idéias velhas do passado e abraça a fé iluminada pela razão, a religião pura do bem e da fraternidade, do amor e do perdão e do auxílio mútuo, que se devem todos os irmãos, filhos do mesmo Pai.

 Eliseu Rigonatti         " O Evangelho dos Humildes"

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