quarta-feira, 15 de julho de 2015

Vigilância - O talismã divino

Olá,

 Entabularam os familiares interessante palestra, acerca das faculdades sublimes de que o Mestre dava testemunho amplo, curando loucos e cegos, quando Isabel, a zelosa genitora de João e Tiago, indagou, sem preâmbulos:
— Senhor, terás contigo algum talismã de cuja virtude possamos desfrutar?

Algum objeto mágico que nos possa favorecer?
 Jesus pousou na matrona os olhos penetrantes e falou, risonho:
 — Realmente, conheço um talismã de maravilhoso poder.
Usando-lhe os milagrosos recursos, é possível iniciar a aquisição de todos os dons de Nosso Pai. Oferece a descoberta dos tesouros do amor que resplandecem ao redor de nós, sem que lhes vejamos, de pronto, a grandeza.
Descortina o entendimento, onde a desarmonia castiga os corações.
 Abre a porta às revelações da arte e da ciência.
 Estende possibilidades de luminosa comunhão com as fontes divinas da vida.
Convida à bênção da meditação nas coisas sagradas.
Reata relações de companheiros em discordância.
 Descerra passagens de luz aos espíritos que se demoram nas sombras.
Permite abençoadas sementeiras de alegria.
 Reveste-se de mil oportunidades de paz com todos.
Indica vasta rede de trilhos para o trabalho salutar.
Revela mil modos de enriquecer a vida que vivemos.
Facilita o acesso da alma ao pensamento dos grandes mestres.
Dá comunicações com os mananciais celestes da intuição.
— Que mais? — disse o Senhor, imprimindo ênfase à pergunta.
 E após sorrir, complacente, continuou:
 — Sem esse divino talismã, é impossível começar qualquer obra de luz e paz na Terra.
Os olhos dos ouvintes permutavam expressões de assombro, quando a esposa de Zebedeu inquiriu, espantada:
— Mestre, onde poderemos adquirir semelhante bênção?
 Dize-nos. Precisamos desse acumulador de felicidade.
 O Cristo, então, acrescentou, bem-humorado:
— Esse bendito talismã, Isabel, é propriedade comum a todos.
 É “a hora que estamos atravessando”...
Cada minuto de nossa alma permanece revestido de prodigioso poder oculto, quando sabemos usá-lo no Infinito Bem, porque toda grandeza e toda decadência, toda vitória e toda ruína são iniciadas com a colaboração do dia.
 E diante da perplexidade de todos, rematou:
 — O tempo é o divino talismã que devemos aproveitar.

Néio Lúcio/Francisco C. Xavier              " Jesus no lar  "

Deixe seu comentário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário