terça-feira, 12 de abril de 2016

Cotidiano - ENTREGAR PARA DEUS

Olá,

 Comum ouvir-se, aqui e além, pessoas de convicção religiosa declarando-se decididas a transferir para Deus as responsabilidades que lhes concernem.
Receando sacrifícios e alérgicas a problemas, desertam da obrigação e asseveram que Deus lhes tomará o lugar.
Diante de um esclarecimento que lhes reclame desistência a vantagens humanas ou à frente de trabalho que lhes rogue humildade, ausentam--se apressadas da esfera de luta, dizendo-se
tão confiantes em Deus que não hesitam entregar-lhe as tarefas que lhes dizem respeito, tal se o Criador lhes fosse assalariado vulgar.
 Para elas, Deus é obrigado a ocupar-se com a limpeza da casa, a transformar-se em aio vigilante de pirralhos inconscientes ou a enviar-lhe mensageiros que substituam o guarda de trânsito ou o entregador do armazém.
A Doutrina Espírita chega ao mundo para erradicar-nos da alma semelhantes ilusões, explicando-nos que a Sabedoria Maior nos concede os ingredientes da vida, em regime de empréstimo, para a execução da tarefa necessária à felicidade e ao aperfeiçoamento de nós mesmos.
Apostolados domésticos, realizações sociais, espinhos de profissão, holocaustos de família, calvários de testemunhos de amor e desapego são, na essência, empreitadas que solicitamos à Providência Divina, antes da reencarnação, prometendo esforço máximo na desincumbência de tais compromissos.
Nós que nos referimos a Jesus, a cada passo da crença, não poderemos esquecer que ele, o Mestre, não relegou para Deus o áspero ofício de esclarecer-nos, o que fez por si mesmo, à custa da própria dilaceração.
 Cristãos responsáveis, urge saibamos abraçar a renovação a que somos intimados pela mensagem do Evangelho Redivivo, francamente dispostos a largar o comodismo de tudo endereçar para o Céu, aprendendo a entregar para Deus a consciência do dever bem cumprido e o serviço pronto.

André Luiz/Waldo Vieira                                           " Sol nas Almas "

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