quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Cotidiano - RECEITA DE LUZ

Olá,

 Realmente a história do bom samaritano, contada por Jesus, expõe a caridade por brilhante sublime oferecendo revelações prismáticas de inigualável beleza.
 A atitude daquele peregrino desconhecido resume um tratado de pedagogia, acerca de compreensão e bondade.
 Enquanto o sacerdote e o levita, pessoas de reconhecido merecimento intelectual, se desviam deliberadamente do ferido, o samaritano não apenas se detém, mas, também se compadece.
Situemo-nos, porém, no lugar do viajante generoso. Talvez estivesse ele com
os minutos contados... Muito razoavelmente, estaria sendo aguardado às pressas para a realização de um negócio... Provavelmente, iria atender a encontro marcado com pessoa querida...
É possível fosse aquela hora a do fim do dia e devesse acautelar-se contra algum trecho perigoso da estrada, nas sombras da noite próxima.
Entretanto, à frente do companheiro anônimo e desfalecido, não somente se emociona.
 Esquece-se e diligencia socorrê-lo sem perguntar quem é.
Interrompe-se.
 Aproxima-se dele.
 Faz pensos e efetua curativos.
 Para ele, no entanto, tudo isso não basta.
 Coloca-o na montaria.
Conduz-o à estalagem e apresenta-o, responsabilizando-se por ele.
Pagará pelos serviços que ele venha a receber, sem nem mesmo indagar de si próprio se estaria recuperando um adversário.
 Vela por ele.
 Vê-lo-á de novo ao regressar.
 Narrando a história, assinalou Jesus o comportamento do sacerdote, do levita e do samaritano e inquiriu ao Doutor da Lei que se interessava pela posse da Vida Eterna: -“Qual dos três te parece haver amado o próximo caído em desvalimento?”
O Doutor respondeu: -“Aquele que usou de misericórdia para com ele”.
-“Então, vai – disse Jesus – e faze tu o mesmo”.
Segundo percebemos, a indicação do Divino Mestre para entesourarmos conosco dons da Imortalidade, é simples e clara.
 Compaixão é receita de luz para a ascensão da alma aos Reinos Divinos.
 Entretanto, de algum modo se assemelha à prescrição médica em relação à saúde.
Para que ela atinja os efeitos precisos, em nós mesmos, não basta se grave com segurança e precisão no pergaminho de nossos sentimentos.
 É preciso nos disponhamos a usá-la.

 Emmanuel/Francisco C. Xavier                    " Refúgio "

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